LIVRO — RICHARD BAXTER PARA HOJE

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ERSE 2021.

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Descrição


Título Richard Baxter Para Hoje.
Publicação Editora Reformada Santo Evangelho.
Autor Fernando Corrêa Pinto.
Código Cód — 029.
ISBN 978–65–991730–6–6.
Páginas 83.
Tamanho 14 cm x 21 cm .
Acabamento Capa Fosco — Orelha.
Peso 0,2025786 g .
Ano 2021.
Tradução Não.
Itens inclusos 1 Livro.

Leia o Prefácio do livro Richard Baxter Para Hoje.


Prefácio


TRECHO:

Frequentemente vemos o nome de William Tyndale (1484 – 1536) aparecendo como o primeiro puritano, como afirma o Dr. David Martyn Lloyd–Jones (1899 – 1981): — “O Puritanismo, estou disposto a asseverar com Knappen em sua obra “Os Puritanos”, realmente começou a manifestar–se em William Tyndale, e nos idos de 1524[1]”. Essa afirmativa do autor representa o Puritanismo como uma mentalidade, como uma atitude e um espírito que começou a se mostrar em Tyndale. Ele tinha um ardente desejo de que o povo comum pudesse ler as Escrituras Sagradas. Com isso, Tyndale lança uma tradução da Bíblia sem a autorização dos bispos. Outra ação bastante incomum na época foi retirar–se da Inglaterra e ir para Alemanha sem a autorização real. Estas eram atitudes frequentes entre os puritanos segundo, Lloyd–Jones[2]. Posteriormente, o nome “puritano” foi atribuído àqueles que possuíam características semelhantes às de Tyndale como cita Justo González sobre os puritanos: — “O nome que se lhes deu foi o de “puritanos”, porque insistiam na necessidade de regressar à pura religião bíblica[3]”. Outros nomes que também precisam ser destacados e que podem ter motivado à mentalidade daqueles que se opunham à Igreja oficial da época, foram: — Jan Huss (1369 – 1372) e John Wycliffe (1328 – 1384) conhecidos na história como pré–reformadores[4]. Para compreender ainda as origens do Puritanismo precisamos considerar o seu momento político. Em 1521, o rei da Inglaterra, Henrique VIII (1491 – 1547), da dinastia dos Tudors, publicou um documento criticando a redução dos sacramentos de Lutero, recebendo do papa, por causa disso o título de “Defensor da Fé”. O rei era casado com Catarina de Aragão (1485 – 1536), viúva de seu irmão Artur Tudor (1486 – 1502), todavia, desejava casar–se com Ana Bolena (1501 – 1536). Por esse motivo ele procura anular seu matrimônio com Catarina alegando que possuía um grau de parentesco, e desta forma estaria cometendo incesto tendo como base o texto de Levítico 18:16; como destaca Carlos Jeremias Klein, Henrique VIII, casado com Catarina de Aragão, viúva de seu irmão Artur, que tentou anular esse casamento em 1526, para contrair núpcias com Ana Bolena. Alegou que o casamento era inválido, com base em Levítico 18:16, pelo grau de parentesco com Catarina que, sendo sua cunhada, poderia ser considerada sua irmã, o que configuraria incesto, sendo, nessa teoria, apoiado por um grupo de teólogos[5]. Entretanto, existia outro motivo por trás destas afirmações. O rei desejava ter um filho homem e após muito tempo de matrimônio com Catarina, este herdeiro não chegou, como cita Justo González: — “Era necessário que o rei tivesse um herdeiro varão, e depois de muitos anos de casamento com Catarina ficou claro que tal herdeiro não procederia desta união[6]”. Lloyd–Jones destaca que a procura do rei para separação e o novo casamento se tratava de busca de poder, ele escreve: — “Henrique VIII, como se sabe muito bem, estava realmente interessado em uma só coisa, e esta era poder conseguindo o divórcio e o novo casamento[7]”.

Richard Baxter Para Hoje, p. 10 – 11.


Referente ao ministério pastoral, ele foi bem–sucedido como descreve J. I. Packer: — “Como pastor, Baxter era incomparável – essa é a capacidade que nos interessa agora. Seus efeitos em Kidderminster foram notáveis. A Inglaterra não viu antes nenhum ministério como o de Baxter[8]”. Em seu trabalho pastoral, cuidava individualmente de cada um que se dirigia a ele. Seu método era através do aconselhamento pastoral. Ensinava à comunidade sistematicamente utilizando o método de perguntas e respostas. O fruto deste trabalho foi o aumento das famílias que se achegavam à congregação.

O templo do culto suportava um número de mil pessoas e, mesmo assim, foi necessário construir cinco galerias. Mais tarde, mesmo após a sua ausência, a comunidade continuava a crescer. Em seus sermões, que ocorriam normalmente no domingo e na quinta–feira com duração média de uma hora, Baxter discorria sobre as doutrinas básicas do cristianismo. Para ele, o ensino era a principal tarefa do pastor[9]. Baxter também procurava trazer o ensinamento fora do púlpito.

Durante a semana, oferecia fóruns pastorais com discussões, orações e discipulava individualmente cada membro de sua Igreja. Distribuía Bíblias e livros cristãos de sua autoria de forma gratuita. Ele recomendava que cada cristão se esforçasse em procurar com regularidade seus pastores para expor suas dificuldades, a fim de que pudessem avaliar a saúde espiritual de sua congregação[10].

Em dezembro de 1743, quando George Whitefield (1714 – 1770) visitou a congregação de Kidderminster, escreve a um amigo que a obra e a disciplina de Baxter permaneceram até os seus dias[11].

O que podemos dizer claramente acerca da influência de Baxter pode ser encontrado na tradição puritana. Ele cresce em um lar puritano rígido, mas cheio de amor e afeição. Teologicamente ele foi autodidata, estudando em sua residência.

Quando completou dezenove anos, sofreu a perda de sua mãe e, daí em diante, buscou a companhia dos ministros puritanos de quem recebeu maior influência. Contudo, Baxter, mesmo sendo um homem do século 17 e escrevendo para puritanos, menciona cristãos, como Agostinho, Gregório, Cipriano, Bernardo de Claraval e outros posteriores a esses[12].

Após a sua saída de Kidderminster, Baxter passou um período morando em Acton. Neste tempo, ele conheceu o Arcebispo de Armagh, James Ussher (1581 – 1656) da Irlanda, que o motivaria a resgatar a tradição puritana da “Teologia Prática” que consistia em explorar o mandamento de amar a Deus totalmente e ao próximo como a si mesmo[13].

Mesmo que Baxter possuísse bastante influência da Teologia Calvinista, ele não faz campanha pela mesma, mas enfatiza a reforma, no caso, do ministério como uma prática que consiste em ensinar, catequizar e ser modelo para o rebanho[14].

Richard Baxter Para Hoje, p. 27 – 29.


SUMÁRIO

AGRADECIMENTO

PREFÁCIO    

INTRODUÇÃO      

RICHARD BAXTER E SUA ÉPOCA     

Contexto político e religioso
O surgimento do Puritanismo.
O crescimento do Puritanismo.     
Os Stuarts e o Puritanismo.  
Carlos I e a Revolução Puritana.  
Oliver Cromwell e a Revolução.    
Quem foi Richard Baxter.      
Vida e obra.   
Vida pública.  
Dedicação pastoral.
Sua influência.
A quem Baxter influenciou.   

BAXTER E O MINISTÉRIO PASTORAL      

A preparação pessoal do pastor.  
O cuidado pessoal do pastor.
Compromisso com a obra de Deus.     
Motivação do pastor.     
O cuidado com as ovelhas.   
Pregação e culto.  
O cuidado específico.   
Dificuldades no pastoreio

RICHARD BAXTER PARA HOJE

A crise na liderança cristã contemporânea.  
Desafio pastoral.   
Vocação pastoral.  
Divisionismo
A contemporaneidade dos textos de Baxter.
Richard Baxter para hoje.     
Baxter e os desafios pastorais contemporâneos
A vocação e dedicação em Baxter.
Unidade em Baxter.
Apelo final.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

RECOMENDAÇÕES DA ERSE

Notas:

[1] – David Martyn Lloyd–Jones. Os puritanos, suas origens e seus sucessores, traduzido por Odayr Olivetti, São Paulo, Publicações Evangélicas Selecionadas, 1993, p. 249.
[2] – JONES, 1993, p. 250.
[3] – Justo González. Uma história ilustrada do cristianismo: a era dos dogmas e das dúvidas, Volume 8, São Paulo, Vida Nova, 1982, p. 51.
[4] – Earle E. Cairns. Cristianismo através dos séculos: uma história da Igreja cristã, traduzido por Isabel Belo de Azevedo, 2ª Edição, São Paulo, Vida Nova, 1995, p. 221.
[5] – Carlos Jeremias Klein. Curso de História da Igreja, São Paulo, Fonte Editorial, 2007, p. 223.
[6] – Justo González. Uma história ilustrada do cristianismo: a era dos reformadores, Volume 6, São Paulo, Vida Nova, 1983, p. 124.
[7] – JONES, 1993, p. 250.
[8] – PACKER Apud BAXTER, 2008, p. 8.
[9] – Ibid., p. 9.
[10] – Ibid., p. 10.
[11] – Ibid., p. 9.
[12] – HOUSTON Apud BAXTER, 1996, p 11.
[13] – SWAW, 2004, p. 113.
[14] – RYKEN, Leland. Santos no mundo: os puritanos como realmente eram, São José dos Campos, Editora Fiel, 1992, p. 11.

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    Peso 0,2025786 kg
    Dimensões 14 × 21 × 0,88 cm

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