PALAVRA DO REITOR

A importância de conhecer a Deus.

Em Romanos, o Apóstolo Paulo diz que Deus revelou–se através das coisas criadas tão claramente, e tão manifestamente, que cada pessoa neste mundo conhece o eterno poder e a deidade de Deus. E ainda assim o pecado primário da raça humana é tomar esse conhecimento de Deus e puxá–lo para baixo, como diz o Apóstolo Paulo em Romanos.

Três pecados do homem que “chocam” (como a galinha choca os ovos) outros pecados gravíssimos — [1] – O “pecado da troca”. [2] – O “pecado da diminuição divina” e [3] – O “pecado de mão erguida”. O primeiro, troca a verdade por uma mentira, suprime a verdade pela injustiça e serve a criatura ao invés do Criador que é bendito eternamente (Romanos 1:25); a troca é entre o incorruptível, transcendente e santo Deus pela corrupção de coisas semelhantes a criaturas. O segundo, pretende o homem a redução de Deus, o aminguamento, pela altivez, pois eles, os ímpios, não aceitam nada superior e mais poderoso que eles mesmos devido o egocentrismo e a falsa sensação de que guiam suas próprias vidas à parte de Deus, amargo engano. E o terceiro, é o pior ato praticado por parte do homem ímpio, é a duplicada iniquidade, dou o cognome de “pecado de mão erguida” — é quando claramente Deus, diz, “não faça!”, e o ímpio, deliberadamente e agressivamente, diz, “sim, eu faço!”. Nesses três pecados existe a potencialidade nefasta, miserável e catastrófica, que simultaneamente um dos pecados atua dando legalidade e nutrindo outro pecado em ação “simbiótica” — ou seja, à associação de dois ou mais pecados que, embora sejam de concupiscências diferentes, podendo ser “a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens” (1 João 2:16), vivem em conjunto, compartilham a malignidade e se caracterizam como um só ato pecaminoso contra Deus, o ato pecaminoso de rebelião (cf. Romanos 1:18 – 32). Ao trocar Deus por quaisquer coisas semelhantes a criaturas, automaticamente, se diminui a deidade, e assim, o ímpio comete deliberadamente, quaisquer outros pecados, sem temer o Deus verdadeiro, porque acredita no deus fabricado por sua própria rebelião e obstinação.

E idolatria sempre envolve religião, porém, até mesmo o Cristianismo pode ser idólatra, quando nós despimos Deus de suas verdadeiras perfeições e colocamos no centro de nossa adoração algo que não seja o próprio Deus, mas apenas nos engenhos e sugestões do diabo. Se formos olhar para a essência da Teologia Reformada e Herança Puritana, temos algo a dizer, leitor(a), que a essência é o eixo da inclinação reformada, e o cerne mais severo e exigente da Teologia Reformada é a própria Teologia. No conhecimento do Deus verdadeiro. Vivemos numa época em que os crentes dizem que a Teologia não tem importância, que não há necessidade de se estudar. É exatamente o que os falsos mestres querem que os crentes pensem, desde a época dos Apóstolos já existiam esses tipos de pensamento. O que interessa hoje é apenas se sentir bem, ser ministrado nas necessidades psicológicas, ter um lugar com os semelhantes onde se possa sentir o calor humano e a aceitação sem exigências, e, por último, ter um senso de pertencer a algum lugar e relevância. Todavia, Teologia é algo que divide, é algo que gera sofrimento. Algo que atiça controvérsias e debates. Dizem: — “Nós não precisamos de doutrina! Precisamos de vida!”. No coração da Teologia Reformada e Herança Puritana está a afirmação de que Teologia é a própria vida. Dado que, Teologia é o conhecimento de Deus. E não há conhecimento mais importante para transformar as nossas vidas do que o conhecimento do nosso Deus e Criador. É exatamente disso que se trata toda a Reforma Protestante. Havia escândalos no clero, Martinho Lutero provou toda a podridão do Romanismo, havia problemas de imoralidade, tanto entre o povo católico romano, quanto entre o povo protestante. E Lutero naquele tempo disse: — “Erasmo ataca o Papa em sua barriga, eu o ataquei em sua doutrina”. E Lutero ainda admitia que se encontrava comportamento escandaloso entre nosso próprio povo, mas o que nós estamos tentando fazer em primeiro lugar é chegar a um salutar entendimento de Deus. Pois, nossas vidas nunca serão transformadas, nunca serão trazidas à conformidade com Jesus Cristo, antes de termos um claro entendimento da forma original, do modelo, do ideal, da verdadeira humanidade que é encontrada somente em Cristo. E isso é uma questão unicamente de Teologia. Então comecem com o claro reconhecimento de que a fé reformada é uma Teologia. Uma Teologia que permeia toda a estrutura humana, familiar, eclesial e social.

Pr. Dr. Plínio Sousa.
Reitor do IRSE.

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