LIVRO — A CONFISSÃO DE FÉ E O BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER

TRECHO:

Caro leitor cristão, não posso supor que você seja um estranho na Inglaterra a ponto de ignorar a reclamação geral a respeito da decadência do poder da piedade e, mais especialmente, da grande corrupção da juventude. Aonde quer que você vá, ouvirá homens clamando por crianças más e servos maus; enquanto na verdade a fonte do mal deve ser procurado um pouco mais alto: — é maus pais e maus mestres que fazem as crianças ruins e maus servos; e não podemos culpar tanto a sua indocilidade (indisciplina), como a nossa própria negligência na sua educação. O Diabo tem um grande rancor pelo reino de Jesus Cristo, e ele não conhece nenhuma maneira compulsiva de esmagá–lo no interior, como pela perversão da juventude, e suplantando os deveres familiares. Ele ataca todos os deveres que são públicos nas assembléias dos santos; mas estes são muito bem guardados pelas injunções solenes e pela acusação de morte de Jesus Cristo, pois ele deveria sempre esperar subvertê–los e miná–los totalmente; mas nos deveres familiares ele ataca com mais sucesso, porque a instituição não é tão solene, e a prática não é tão séria e conscienciosamente considerada como deveria ser, e a omissão não é tão suscetível de ser notada e censurada publicamente. A religião foi primeiramente nascida em famílias, e ali o Diabo procura esmagá–la; as famílias dos Patriarcas eram todas as Igrejas que Deus tinha no mundo para a época; e, portanto, (suponho) quando Caim saiu da família de Adão, diz–se que ele saiu da face do Senhor (Gênesis 4:16). Agora, o Diabo sabe que isto é um golpe na raiz, e uma maneira pronta de impedir a sucessão das Igrejas: — se ele conseguir subverter as famílias, outras sociedades e comunidades não irão florescer por muito tempo e subsistir com qualquer poder e vigor; pois ali está o estoque de onde são fornecidas tanto para o presente como para o futuro. Para o presente: — Uma família é o seminário da Igreja e do Estado; e se as crianças não forem bem fundamentadas ali, todas abortarão: — uma falha na primeira mistura não é corrigida na segunda; se os jovens são criados doentes na família, provam–se doentes na Igreja e na comunidade; há o primeiro fazer ou estragar, e o presságio de suas vidas futuras a ser tirado (Provérbios 20:11[1]). Por disciplina familiar, os oficiais são treinados para a Igreja (1 Timóteo 3:4[2]), que governa bem a sua casa, etc.; e há homens criados em sujeição e obediência. É notado, em Atos 21:5[3], que os discípulos trouxeram Paulo em seu caminho com suas esposas e filhos; seus filhos provavelmente são mencionados, para intimar, que seus pais iriam, por seu próprio exemplo e despedida afetuosa a Paulo, criá–los em uma forma de reverência e respeito aos pastores da Igreja.

[1] – “Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra é pura e reta” (ACF).

[2] – “Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia” (ACF).

[3] – “E, havendo passado ali aqueles dias, saímos, e seguimos nosso caminho, acompanhando–nos todos, com suas mulheres e filhos até fora da cidade; e, postos de joelhos na praia, oramos” (ACF).

A Confissão de Fé e o Breve Catecismo de Westminster, p. 1 – 2.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO À CONFISSÃO POR THOMAS MANTON

ATO DE APROVAÇÃO DA CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER  

ATO A RESPEITO DOS CATECISMOS, CONFISSÃO DE FÉ E RATIFICAÇÃO DOS MESMOS

CAPÍTULO I — DA ESCRITURA SAGRADA

CAPÍTULO II — DE DEUS E DA SANTÍSSIMA TRINDADE

CAPÍTULO III — DOS ETERNOS DECRETOS DE DEUS

CAPÍTULO IV — DA CRIAÇÃO

CAPÍTULO V — DA PROVIDÊNCIA

CAPÍTULO VI — DA QUEDA DO HOMEM, DO PECADO E DO SEU CASTIGO

CAPÍTULO VII — DO PACTO DE DEUS COM O HOMEM

CAPÍTULO VIII — DE CRISTO O MEDIADOR

CAPÍTULO IX — DO LIVRE–ARBÍTRIO

CAPÍTULO X — DA VOCAÇÃO EFICAZ

CAPÍTULO XI — DA JUSTIFICAÇÃO

CAPÍTULO XII — DA ADOÇÃO

CAPÍTULO XIII — DA SANTIFICAÇÃO

CAPÍTULO XIV — DA FÉ SALVADORA

CAPÍTULO XV — DO ARREPENDIMENTO PARA A VIDA

CAPÍTULO XVI — DAS BOAS OBRAS

CAPÍTULO XVII — DA PERSEVERANÇA DOS SANTOS

CAPÍTULO XVIII — DA CERTEZA DA GRAÇA E DA SALVAÇÃO  

CAPÍTULO XIX — DA LEI DE DEUS

CAPÍTULO XX — DA LIBERDADE CRISTÃ E DA LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA

CAPÍTULO XXI — DO CULTO RELIGIOSO E DO DOMINGO

CAPÍTULO XXII — DOS JURAMENTOS LEGAIS E DOS VOTOS

CAPÍTULO XXIII — DO MAGISTRADO CIVIL

CAPÍTULO XXIV — DO MATRIMÔNIO E DO DIVÓRCIO

CAPÍTULO XXV — DA IGREJA

CAPÍTULO XXVI — DA COMUNHÃO DOS SANTOS

CAPÍTULO XXVII — DOS SACRAMENTOS

CAPÍTULO XXVIII — DO BATISMO

CAPÍTULO XXIX — DA CEIA DO SENHOR

CAPÍTULO XXX — DAS CENSURAS ECLESIÁSTICAS

CAPÍTULO XXXI — DOS SÍNODOS E CONCÍLIOS

CAPÍTULO XXXII — DO ESTADO DO HOMEM DEPOIS DA MORTE E DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS

CAPÍTULO XXXIII — DO JUIZO FINAL

É APROVADO NO ANO DE 1648, PELA ASSEMBLÉIA GERAL DA IGREJA DA ESCÓCIA O BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER

1 – O Breve Catecismo de Westminster.

OS CATECISMOS DA ASSEMBLÉIA DE WESTMINSTER PELO DR. JOHN MURRAY

PERGUNTAS E RESPOSTAS

APÊNDICE

A ORAÇÃO DOMINICAL OU PAI NOSSO

1 – A Oração Dominical ou Pai Nosso, é a expressão da misericórdia divina em nos prover o modo correto do viver cristão.

2 – Introdução — “Pai nosso, que estás nos céus”. 

3 – Primeira Petição — “santificado seja teu nome”.

4 – Segunda Petição — “venha o teu reino”.

5 – Terceira Petição — “seja feita tua vontade, assim na terra como no céu”.

6 – Quarta Petição — “nosso pão de cada dia dá–nos hoje”. 

7 – Quinta Petição — “e perdoa nossas dívidas, assim como perdoamos nossos devedores e não nos conduzas à tentação”; Sexta Petição — “mas livra–nos do mal”.

O DECÁLOGO OU OS DEZ MANDAMENTOS (ÊXODO 20:3 – 17) 

A SÍNTESE DOS DEZ MANDAMENTOS

O AMOR BÍBLICO

1 – Definição de amor.

2 – A linguagem hiperbólica de Paulo.

3 – O amor é sofredor.

4 – O amor é benigno.

5 – O amor não é invejoso.

6 – O amor não trata com leviandade.

7 – O amor não se ensoberbece.

8 – O amor não se porta com indecência.

9 – O amor não busca os seus interesses.

10 – O amor não se irrita.

11 – O amor não suspeita mal. 

12 – O amor não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. 

CREDO APOSTÓLICO

CREDO NICENO–CONSTANTINOPOLITANO

CREDO ATANASIANO

RECOMENDAÇÕES DA ERSE