A VOCAÇÃO INTELECTUAL CRISTÃ — UM CHAMADO À EXCELÊNCIA

 

A vocação intelectual cristã não admite o “mais ou menos”, todos nós que assumimos a posição de um intelectual temos, obrigatoriamente, de nos entregar completamente. Consagrada ao Deus da verdade em sua totalidade, a nossa vida é dEle em todas as situações que ela integra. Diante de qualquer trabalho, devemos dizer: — “É meu dever fazê–lo, logo é também meu dever fazê–lo muitíssimo bem, já que o que não se acaba não é. Na medida em que eu fizer mal, eu falharei na vida, tendo desobedecido ao Senhor e faltado a Igreja. Nessa medida eu renuncio a minha vocação. Ter uma vocação é ter a obrigação do perfeito (2 Timóteo 3:16, 17)”

Não existe tal coisa como a observância parcial da vocação intelectual cristã, porque o Fruto do Espírito Santo é impartível, não divisível. É preciso consagrar a vida inteira: — “cada pensamento e ação, cada palavra, trabalho e silêncio, a Cristo, se se deseja viver a vontade de Deus”.

A vocação intelectual cristã é essencialmente sacramental. Por “sacramento”, no sentido em que aqui é empregada a palavra, quer dizer, da maneira mais específica “mistério”, que alude a Deus manifestando sua vida, glória e poder e sua revelação à mente e ao coração humano. O mistério da bondade de Deus é o fundamento e a medida do conhecimento do homem; é de imediato o objeto (o locus) de seu estudo e devoção. No contexto de tais mistérios, o intelecto e a vontade humana são livres para prosperar e se submeter porque estão sendo cumpridos em circunspecção diante do que é incircunscritivelmente indescritível: — “A transcendência infinita de Deus, que com o tempo se Encarna” (João 1:14; Hebreus 1:1 – 4; Colossenses 2:9). Isto é, o intelecto e a vontade humana são livres para desenvolver–se e conformar–se porque estão sendo preparados em ponderações diante do que é ilimitadíssimo, inexprimível e extraordinário, a Encarnação do Verbo; em que Deus Pai fala pelo Filho por obra do Espírito Santo através das Escrituras Sagradas (Hebreus 1:1).

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E–BOOK — MORTIFICANDO O PECADO

 

A santificação é a peculiaridade e virtuosismo da santidade; é o qualitativo da santidade e o avaliatório do modo de viver santamente; quanto mais nos separarmos mais santos nos tornaremos e, mais próximos de Deus estaremos (Hebreus 12:14).

A justificação pressupõe a culpa, a santificação pressupõe a sujeira, a mortificação pressupõe a vida, precedendo esses atos.

A Lei de Deus revela a existência de sintomas graves da enfermidade mortal, mas o Evangelho garante que o fulcro da doença já foi vencido, resta apenas lutar contra e esperar o pouco que resta de pecado numa luta (e conflito) diária sob a graça e misericórdia de Deus.

 

E–BOOK — POR QUE NÃO SOMOS CATÓLICOS ROMANOS?

 

Entendemos por autoridade divina das Sagradas Escrituras a qualidade peculiar de toda a Bíblia segundo a qual, como Palavra verdadeira de Deus que é, requer, de todos os seres humanos, fé e obediência e persiste como única fonte e norma de fé e vida. O mesmo nosso Salvador reconheceu e proclamou a autoridade divina da Bíblia, citando–a como único padrão da verdade em todos os casos de controvérsia.

Uma vez que os papistas, vendo que seus dogmas não apenas carecem de fundamento nas Escrituras Sagradas, mas também são claramente comprovados como falsos por elas, trabalham acima de tudo para elevar a autoridade e a perfeição de seus dogmas a fim de confirmar suas próprias ficções, é justo que nós, que lutamos sob a bandeira de Cristo para a derrubada do reino do Anticristo e o estabelecimento do reino de Cristo, nos esforcemos para afirmar e vindicar essa palavra de Deus contra seus erros.

 

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“[…] para que agora a multiforme sabedoria de Deus, por meio da Igreja, fosse conhecida aos principados e potestades nas regiões celestes, segundo o propósito dos séculos, que Ele fez em Cristo Jesus nosso Senhor […]” (Efésios 3:10, 11).

Mas, o que esta passagem de Efésios 3, tem a ver com o Princípio Regulador do Culto? Bem, poucas pessoas se utilizam desta passagem para afirmarem que Deus por meio da “multiforme sabedoria da Igreja”, estabelece muitas formas de culto aceitáveis, e que por isso, não é um pecado termos formas variadas de culto — de serviço sagrado prestado ao SENHOR em profundo devotamento e piedade. Iremos ver neste artigo, o que realmente este texto de Efésios 3 ensina a Igreja que estar “em Cristo” em obediência voluntária.

Aqui, o eterno propósito é o mesmo do capítulo 1:9 – 11. O texto se eleva quando o Apóstolo Paulo cita a intenção de Deus de apresentar a Igreja perante todos os poderes do mal como seu instrumento para dispensar por toda a terra o que Ele já “fez ‘em Cristo Jesus’, nosso Senhor” — isto é, o que fez através da morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo.

A palavra “multiforme”, do grego, “polupoikilos”, retrata a sabedoria de Deus como muito variada, com muitas gradações, tonalidades, matizes e expressões coloridas, como é–nos revelado em Hebreus 1:1 – 3: — “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e ‘de muitas maneiras’, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho […]”. Como um Deus de variedade, Ele ainda está entrando na área humana apresentando uma sabedoria multiforme, multicolorida e diversificada para seu povo e através do seu povo. Pode ser que, à vista disso, e significância, atualmente, pessoas estejam tergiversando esta passagem para ratificar, autorizar e homologar, elementos que são sui generis[1] à Escritura — e, que corrompem, apodrecem e decompõem o culto ao SENHOR. Mas, de fato, este texto não se ocupa em absoluto de generalidades ou princípios cúlticos. O Apóstolo Paulo reflete sobre sua missão de ajudar os judeus e gentios crentes a se aceitarem como parceiros no Pacto de Deus sobre a salvação. Este mistério era especialmente desconhecido para a mente judaica do Antigo Testamento, não sendo compreendido por judeus ou gentios até Jesus chegar — compare 1:17 (“revelação”) com 1:9 (“mistério). Devido à natureza humana que é pecaminosa, o povo pactual de Deus não raro se desvia da verdade; é comum o homem perverter a verdadeira religião ao eliminar elementos considerados “desagradáveis” (ele também a corrompe pela adição de idéias próprias), esta tendência de deturpar a verdadeira religião, mediante adição ou subtração, constitui a razão de Deus ter advertido Israel de nada acrescentar ou retirar de sua Palavra: — “Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes; para que vivais, e entreis, e possuais a terra que o Senhor Deus de vossos pais vos dá. Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando” (Deuteronômio 4:1, 2; cf. Deuteronômio 12:30 – 32). Identicamente, repete-se Mateus 15:9 — “E em vão me adoram”. As palavras do Profeta ocorrem, portanto, literalmente: ― “seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens”. Mas, Jesus Cristo deu, fiel e exatamente, o sentido de “em vão é Deus adorado”, quando a doutrina é substituída pela vontade do homem, pela adição da própria vontade humana a mandamentos de Deus. Por essas palavras, todos os tipos de pretensa religiosidade, como Paulo a denomina, são claramente condenadas em Colossenses 2:23: — “Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne[2]; é inconcebível que ditos “ministros” deturpem o sentido, forcem puramente por idéias particulares, violentem a inspiração por sugestões de Satanás e, no fim, pervertam a Palavra, para estes ministros, Tiago escreveu: — “[…] muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo” (Tiago 3:1). Relativamente, ao texto de Efésios 3, Matthew Henry, exprime-se e esclarece o sentido textual: — “Aqueles a quem Deus promove a cargos de honra, faz com que sintam-se baixos diante de seus próprios olhos; aonde Deus dá graça para que sejamos humildes, aí concede toda a graça que seja necessária; quão alto o Apóstolo fala de Jesus Cristo, das inescrutáveis riquezas de Cristo! Ainda que muitos não sejam enriquecidos com estas maravilhosas riquezas, de todo modo, que favor tão grande é que alguém as pregue para nós, e que estas nos sejam oferecidas — se não somos enriquecidos com estas, é nossa própria culpa. A primeira criação, quando Deus fez todas as coisas a partir do nada, e a nova criação, pela qual os pecadores são transformados em novas criaturas pela graça que converte, são de Deus por meio de Jesus Cristo. As suas riquezas são tão inescrutáveis e tão seguras quanto sempre foram, mesmo que enquanto os anjos adoram a Deus por sua sabedoria pela redenção de sua Igreja, a ignorância dos homens carnais, que se julgam sábios a seus próprios olhos, condena a tudo como se fossem coisas néscias, estultas, estúpidas e apalermadas (imbecis)”. Efésios 3:10 deve-se entender conforme o contexto de 1 Pedro 1:12 (passagem correspondente ao assunto); ou seja, embora, os profetas do Antigo Testamento tivessem uma visão incompleta, fragmentária do acontecimento de Cristo, eles profetizavam através do Espírito Santo a salvação que os cristãos agora têm e experimentarão (comparar 1 Pedro 1:5 – 9 com Efésios 1:9, 10, 11, 17). A correlação e equiparação desses textos assume que o Antigo Testamento pode ser totalmente compreendido levando em consideração o Novo Testamento. Por exemplo, o autor de Hebreus (1:1 – 3) prefere começar comparando Jesus com os profetas, porque sempre se creu que estes estavam no segredo de Deus. Muito tempo antes Amós havia dito: — “O SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Amós 3:7). Filo diz que: — “Os profetas são intérpretes do Deus que os usa como instrumentos para revelar aos homens o que [Deus] quer”. Há quem pense ser um absurdo concluir que essa é uma referência aos anjos, visto que tal ignorância não pertence àqueles a quem é permitido contemplar o esplendor do semblante de Deus. Preferem, ao contrário, que a referência recaia sobre os demônios, porém precipitadamente; pois, que coisa haveria de espantoso na declaração do Apóstolo a respeito do Evangelho ou da vocação dos gentios, caso ele dissesse que primeiro o fez notório aos demônios? No entanto, procede o fato de que ele labuta com o fim de magnificar, o quanto possível, a misericórdia de Deus em favor dos gentios, bem como a importância do Evangelho. E para fazer isso ele declara que na proclamação do Evangelho se faz manifesta a “multiforme” graça de Deus, a qual jamais se fez conhecida mesmo dos anjos celestiais. Daí segue-se que a sabedoria de Deus, manifestou-se unindo judeus e gentios na participação da salvação (cf. Efésios 2:14 – 16), seria mais que maravilha aos olhos dos homens. Ele chama, “πολυποίκιλος”, visto que os homens estão habituados a medi-la erroneamente por meio de uma só idéia particular, ignorando o todo e as partes individualmente. Os judeus, por exemplo, imaginavam que a sabedoria de Deus estivesse limitada à dispensação sob o regime da Lei, com a qual estavam familiarizados e na qual foram instruídos. Ao proclamar o Evangelho a todos os homens, porém, e isso indistintamente, Deus produziu outro exemplo e indício de sua sabedoria. Não que fosse ela uma “nova[3]” sabedoria, mas que era mais plena e multiforme do que nossa tacanha capacidade poderia discernir. Saibamos, pois, que o conhecimento, seja ele qual for, que tenhamos adquirido, não passa de uma ínfima porção. E se a vocação dos gentios é conhecida e reverenciada pelos anjos celestiais, quão vergonhoso seria caso fosse a mesma rejeitada ou menosprezada pelos homens sobre a terra! A inferência que alguns extraem desse fato, isto é, de que os anjos se encontraram presentes em nossas assembléias e progridem juntamente conosco, não passa de especulação infundada. Devemos ter sempre em vista os propósitos para os quais Deus designou o ministério de sua Palavra. Se os anjos, que desfrutam da visão divina, não andam mediante a fé, tampouco necessitam eles da administração externa da Palavra. A pregação, pois, atende apenas a carência dos homens caídos, tão–somente entre os quais é ela utilizada. As palavras de Paulo significam que a Igreja, a colheita de judeus e de gentios igualmente, é um espelho no qual os anjos contemplam a portentosa, formidável e magnificente sabedoria de Deus, a qual anteriormente não conheciam. Contemplam uma obra totalmente nova para eles, cuja forma estava oculta em Deus. Dessa forma, e não por aprenderem tudo dos lábios dos homens, eles progridem[4]“[…] nas regiões celestes” — é a quarta ocorrência da frase na epístola. Outra indicação de que os seres celestiais estão observando a Igreja e vendo na Igreja o desdobrar da sabedoria de Deus — “a multiforme sabedoria de Deus”. Ambos, anjos bons e maus, estão evidentemente admirados com a operação de Deus quando Ele redime homens e mulheres[5].

Ainda devemos notar algumas outras coisas nesta passagem, de Efésios 3, a partir dos versículos 8 a 13.

[1] – Paulo nos lembra que a reunião de todos os homens de todas as nações é parte do propósito e desígnio eternos de Deus. Isto é algo que se deve ter bem em mente. Algumas vezes a história do Cristianismo se apresenta de tal maneira como se o Evangelho tivesse passado aos gentios só porque os judeus não o receberam. Mas, aqui, Paulo nos lembra que a salvação dos gentios (nossa própria salvação), não é uma ocorrência tardia de Deus; não é algo que Deus aceitou como um bem secundário porque os judeus rechaçaram sua mensagem e convite. O atrair a todos os homens a seu amor eterno era, igualmente, parte do desígnio eterno de Deus.

[2] – Paulo usa aqui uma palavra importante para descrever a graça de Deus. Chama-a “polupoikilos”; como já mencionado, quer dizer, “multicolor”. A idéia é que a graça de Deus está à altura de qualquer situação que nos brinde [regale] a vida. Não há luz ou trevas, brilho de Sol ou sombra, para os quais esta graça de Deus não seja triunfalmente adaptada.

[3] – Novamente, Paulo volta a um de seus pensamentos favoritos. Em Jesus Cristo temos livre acesso a Deus. Às vezes ocorre que algum amigo nosso está em relação com certa personalidade de muita categoria. Jamais teríamos tido por nós mesmos o direito de nos apresentar perante tal personalidade. Mas nosso amigo nos leva consigo e por estar com ele desfrutamos do direito de entrada. Isto é o que Cristo faz por nós com respeito a reconciliação com Deus. Em sua presença e companhia há uma porta aberta à presença de Deus que ninguém pode fechar (1 Timóteo 2:3 – 6).

[4] – Paulo termina com uma oração para que seus amigos não se desanimem por seu encarceramento. Talvez pensassem que a pregação do Evangelho entre os gentios poderia ficar em grande maneira impedida pela prisão do paladino dos gentios. Pode ser que se sentissem atemorizados em face da possibilidade de que um destino semelhante caísse sobre eles. O Apóstolo Paulo lhes lembra que as aflições que aguenta são pela glória e o bem deles mesmos. Não devem temer jamais que a causa de Deus se prejudique por sua prisão. “A causa de Deus é superior a qualquer homem e mais poderosa que quaisquer circunstâncias”. Da maneira que explicamos a passagem de Efésios 3, corretamente dentro de seu contexto e das regras fidedignas de interpretação das Escrituras, podemos concluir que a passagem reportada para corroborar com a adição de manifestações grotescas ao culto a Deus, não passa de deturpação da própria Palavra.

Em nada, o Apóstolo Paulo devota-se ou ocupa-se a respeito do culto ao SENHOR nessa passagem, mas, apenas é–nos revelado do “concerto de Deus sobre a salvação, em relação a judeus e gentios, diante dos principados e potestades nos céus”.

O Princípio Regulador do Culto.

A síntese é que o culto a Deus, a verdadeira piedade, e a santidade dos cristãos não consistem de “bebida, comida e vestes”, que são coisas transitórias, passíveis de corrupção e perecem pelo abuso, mas, em tudo que Deus ordenou, segundo a sua boa, perfeita e agradável vontade. Veja quais são os elementos divinamente ordenados e circunstanciais.

Ordenanças referente ao culto versus circunstâncias:
Elementos ordenados. Elementos circunstanciais.
 

Pregação a partir das Escrituras Sagradas (Mateus 26:13; Marcos 16:15; Atos 9:20; 2 Timóteo 4:2; Atos 20:8; 17:10; 1 Coríntios 14:28).

 

 

Estrutura para o culto da Igreja (Atos 20:8; 17:10; 1 Coríntios 14:28).

 

Leitura da palavra de Deus (Marcos 4:16 – 20; Atos 13:15; 1 Timóteo 4:13; Apocalipse 1:13; Atos 1:13; 16:13; 1 Coríntios 11:20).

 

 

Local do culto da Igreja (Atos 1:13; 16:13. 1 Coríntios 11:20).

 

Culto no Dia do Senhor (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2; Apocalipse 1:10; Atos 20:7; 1 Coríntios 11:28).

 

 

Horário do culto da Igreja (Atos 20:7; 1 Coríntios 11:28).

 

Administração dos Sacramentos (Mateus 28:19; 1 Coríntios 11:24, 25).

 

 

Roupas para o culto (1 Coríntios 11:13 – 15; Deuteronômio 22:5).

 

Audição da palavra de Deus (Lucas 2:46; Atos 8:31; Romanos 10:41; Tiago 1:22).

 

 

Tipo de assento provido para o culto da Igreja (Lucas 4:20; Atos 20:9).

 

Oração a Deus (Deuteronômio 6:9; 1 Tessalonicenses 5:17; Hebreus 13:18; Filipenses 4:6; Tiago 1:5; 1 Coríntios 11:13 – 15; Deuteronômio 22:5).

 

 

Canto de Salmos (1 Crônicas 16:9; Salmos 95:1, 2; 105:2; 1 Coríntios 14:26; Efésios 5:19; Colossenses 3:16).

 

Não sobrecarregar as consciências com novas observâncias, nem contaminar o culto a Deus com as nossas próprias invenções, essas coisas consistem em nossas obras laboriosas de santidade e fidelidade. Quando supomos poder servir a Deus ao nosso próprio modo, Ele o repudia como corrupção. O Princípio Regulador do Culto nos protege desta corrupção. “Idolatria é tanto o culto a um falso deus quanto o culto falso ao verdadeiro Deus”. A idolatria começa quando o homem coloca um elemento no culto que não foi ordenado por Deus. A idolatria é uma violação do Primeiro ou do Segundo dos Dez Mandamentos.

Por exemplo, às vezes há muita coisa podre e fria na música tradicional, e muita coisa carnal nas modernas canções de “louvor”. Isto não pode ser aceito como adoração pela Igreja. O Princípio Regulador do Culto, que encontramos claramente na Escritura, não deve ser abandonado, pois, nós mesmos e a cultura contemporânea, somos muito mais fascinados e atraídos pelo entretenimento do que pela adoração ordenada por Deus.

Os primeiros cristãos da Igreja primitiva, bem como, os reformados e puritanos, tinham o mesmo alvo: — “O culto aceitável a Cristo”. Hoje, os crentes têm o mesmo alvo: — “O culto aceitável ao homem”. O culto aceitável a Deus, implica existir um modo inaceitável de adorar a Deus. Ou melhor dizendo, somente o culto ordenado é aceitável — o culto foi instituído e regulado por Deus pelas Escrituras, que é limitado por aquilo que Ele mesmo revelou a respeito da sua santa e perfeita vontade —, não a mínima vontade do homem.

O culto em que o homem procura fabricar, inventar, acrescentar, retirar e impressionar, distorcendo a Escritura, ou aquilo que ele pode ser tentado a fazer por ouvir o diabo, não é adoração aceitável a Deus, é idolatria, vaidade e imaginações sugeridas pelo próprio diabo, e, portanto, abominado por Deus. Deve ser totalmente desprezado e condenado. Um cristão não permitiria, em boa consciência, que o homem pecador determinasse o culto, e por que meios eles mesmos se aproximariam de Deus, a Escritura, somente, deve guiar todo culto a Deus. Não é possível que qualquer cristão saudável imagine estar tão acima do pecado, que se ache capaz de mostrar para Deus a maneira aceitável, pela qual se aproximaria dEle no culto. Somente Deus, que é santo e puro, pode determinar, por si mesmo, por sua vontade, a maneira pela qual os cristãos podem aproximar-se dEle — não pense que é à sua maneira, por que não o é. Sujeite-se a vontade de Deus. Quão arrogantes e podres são os homens ao se imaginarem no direito de determinar o culto a Deus — numa pequena parte que seja —, como Deus será adorado. “A idolatria é tanto o culto a um falso deus quanto o culto falso ao verdadeiro Deus (não esqueçamos disso); se é o homem quem determina, logo, é um ídolo a ser derrubado. Introduzir práticas não bíblicas, não ordenadas, tende, inevitavelmente, a anular e menosprezar o culto designado por Deus, por deliberada desobediência. Subentende-se que o homem quer colocar-se “acima” de Deus — e já vimos na Escritura o que acontece quando homens fazem o que Deus não ordenou; Nadabe e Abiú são exemplos, que não devemos seguir (cf. Levítico 10:1, 2).

A negação do Princípio Regulador, foi praticado pelo rei Acaz, ele constrói um novo altar e substitui o anterior (de bronze) como o local onde os sacrifícios regulares seriam oferecidos. Mas o altar (de bronze) designado por Deus não seria destruído — é claro que não! Seria apenas colocado num “canto”, seria desprezado. É exatamente assim que os homens fazem quando negam o Princípio Regulador do Culto, desprezam os elementos ordenados por Deus.

Imaginem se Nadabe e Abiú pudessem visitar Igrejas contemporâneas, eles lamentariam amargamente ao reconhecer que o seu pecado — de oferecer “fogo estranho” —, ainda é praticado com grande tolerância e aceitação por muitos crentes. Ministrações de coaches, regadas a “adoração” funkeira, teatros sensuais, melopeia pagã e sincrética de Natal, Rock and Roll, sertanejo e pagode gospel, enfim, músicas não ordenadas (não–inspiradas) das mais variadas, unidas à pirotecnia e instrumentos musicais (que outrora, outrossim, os “órgãos de Paulos e Pedros” foram derrubados como elementos idólatras), etc., são oferecidos ao SENHOR; bem, tudo isso precisa ser novamente derribado e tombado, e muitas outras coisas que são tolerados na Igreja, como a corrupção do texto acima exposado (Efésios 3), para legitimar práticas que nascem da corrupção humana ou da sugestão de Satanás — Saiba mais acerca do Princípio Regulador do Culto [aqui 1] [aqui 2] [aqui 3] [aqui 4] [aqui 5].

Os Padrões de Westminster — Idolatria e Instrumentos.

Uma carta dos ministros e presbíteros escoceses que eram delegados na Assembléia de Westminster à Assembléia Geral da Escócia (1644). Nela se lê: ― “Só podemos nos maravilhar com a boa mão de Deus nas grandes coisas já realizadas até aqui, particularmente: — que o Pacto (a base de toda a obra) foi aceito; que a liderança eclesiástica e todo o [seu] séquito foi, por causa disso, extirpado; o Livro de Oração, esquecido em muitas localidades, a pregação plena e poderosa estabelecida; muitas faculdades de Cambridge supridas com ministros zelosos da melhor Reforma; altares removidos; os grande órgãos de Paulos e Pedros em Westminster foram derrubados; imagens e muitos outros monumentos de idolatria destruídos e abolidos”.

A Assembléia Geral escocesa respondeu à correspondência dos comissionados com uma carta oficial à Igreja da Inglaterra, onde se lê: ― “Fomos grandemente reconfortados ao tomar conhecimento pelas cartas dos nossos comissários que estão convosco […] das grandes e boas coisas que o Senhor tem operado entre vós e em vosso favor […]; a remoção de muitas corrupções como altares, imagens, e outros monumentos de idolatria e superstição […] a derrubada dos grandes órgãos em Paulos e Pedros[6].

O não uso de instrumentos musicais no culto era a norma entre puritanos e presbiterianos e a posição principal dos teólogos de Westminster. Os presbiterianos começaram a abandonar essa posição na década de 1880 — e todos seguiram a essa trágica decisão. Será que a rejeição desses instrumentos no culto era apenas a opinião de alguns puritanos que extrapolaram o consenso da Assembléia? Não, absolutamente não! Assim também, devemos ser — como Igreja —, radicais para homens, obedientes para Deus.

Que o Deus a ser adorado abra os olhos daqueles que necessitam vê.

Paz e graça.
Pr. Dr. Plínio Sousa.

[1] – De seu próprio gênero, ou seja, “único em seu gênero”. Usa-se como adjetivo para indicar que algo é único, peculiar, incomum, descomunal, particular, algo que não tem correspondência igual ou mesmo semelhante: — uma atividade sui generis, uma proposta sui generis, um comportamento sui generis.

[2] – Versão NVI — Nova Versão Internacional.

[3] – A não ser, que entendamos, que a palavra “nova” traz o mesmo sentido da aplicação do Novo Testamento; sentido de aprofundamento, em que a instrução se torna plenamente revelada para nós, causando uma clara compreensão por meio de uma explicação, igualmente, penetrante. Por vezes, Jesus Cristo, utiliza algum arquétipo de exemplificação, compare Mateus 22:39 com João 13:14, a respeito do amor ao próximo. Jesus se coloca como exemplo (ou padrão) de como devemos amar ao próximo. Não se trata de um mandamento “novo”, mas da correta compreensão acerca de como devemos amar ao próximo. O que consequentemente, nos leva a um aprofundamento no que se refere ao entendimento desta doutrina de amar ao próximo como a nós mesmos.

[4] – CALVINO, João, Comentário sobre Efésios, Edições Paracletos, São Paulo, p. 48 – 49.

[5] – Comentário Bíblico Moody, Efésios, p. 20.

[6] – Sola Scriptura and the Regulative Principle of Worship de Brian M. Schwertley, p. 112 – 113.

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