Descrição
Título | Os Desafios Contemporâneos – Somos a Luz do Mundo. |
Publicação | Editora Reformada Santo Evangelho. |
Autor | Fernando Corrêa Pinto. |
Código | Cód — 014. |
ISBN | 978–65–9917–302–8. |
Páginas | 110. |
Tamanho | 14 cm x 21 cm. |
Acabamento | Capa Fosco — Orelha. |
Peso | 0,2025786 kg. |
Ano | 2020. |
Tradução | Não. |
Itens inclusos | 1 Livro. |
Leia o Prefácio do livro Os Desafios Contemporâneos.
TRECHOS:
“Não são poucos os missionários que partem para o campo e se encontram despreparados para os desafios, mesmo os mais simples: — o choque cultural, as diferenças de clima, a aceitação local, as dificuldades financeiras resultantes das diferenças relacionadas ao custo de vida são alguns deles. Onde encontrar o remédio ou o mercado mais acessível? Quem pode nos ajudar com a montagem dos móveis?”.
Ao descarregar minha mudança na nova casa em um de meus primeiros desafios missionários, estava com muitas expectativas. Fui acolhido nos primeiros dias na casa de uma família de missionários que estavam saindo do Brasil rumo à Senegal.
Apesar de estar no Brasil e sendo eu mesmo brasileiro, o choque foi muito grande. As comidas, o comportamento das pessoas, a forma de falar, a forma de se organizar, o trânsito e a estrutura da cidade eram muito diferentes da vida no Sudeste. Apesar de estar relativamente seguro na questão do sustento financeiro, nos primeiros dias gastei tanto que quase acabei com minhas reservas.
Neste período estava me recuperando de um longo período enfermo, e está perdido em um lugar onde comprar um pão era um grande desafio foi a princípio caótico. Certamente, não é porque eu era um homem de fé disposto a levar o Evangelho para uma cultura, que não sofreria com as pequenas, porém, desafiadoras diferenças.
O desafio foi ainda maior quando vi a realidade da comunidade em que estávamos inseridos. Havia naquele lugar um grupo de seis pessoas vindo de duas grandes divisões e escândalos na liderança. Apesar de estar em uma das cidades mais violentas do Brasil, pelo menos, ali não matavam–se crentes: — “certamente minha preparação missionária não daria conta disso”. Até mesmo desafios aparentemente pequenos como estes podem deixar qualquer missionário menos preparado, e com muitas dúvidas a respeito do que fazer. Quando deixei minha Igreja local, acreditava que poderia ser um pastor eficaz em qualquer lugar que Deus me enviasse, mesmo sem o preparo adequado. A comunidade evangélica da qual eu fiz parte antes de ser enviado para o campo missionário era muito atuante, cheia de vida e foi uma verdadeira escola para mim. Nela fui discipulado, preparado e pastoreado com muito zelo, e por isto, louvo a Deus. Tenho que ser grato por Ele ter me dado a oportunidade de sair de minha cidade e ir estudar em outro Estado, porque esta foi a primeira oportunidade de ter contato com outra cultura.
Os Desafios Contemporâneos – Somos a Luz do Mundo, p. 25 – 26.
Devemos mencionar a liderança local como parte fundamental nesta obra. Precisamos expor o ardor missionário, motivando–os a ir além e fazer mais discípulos. A liderança local pode atuar em diversas áreas, como em colégios, faculdades, meio familiar e em seus ambientes de trabalho. Ela também deve estar presente dando apoio na evangelização coletiva e organização de ações evangelísticas. Os lares devem ser utilizados como local de comunhão, culto, evangelização e multiplicação. Em algumas regiões onde há perseguição, esta é a opção mais segura. Em minha experiência inicial, fui enviado para uma Igreja cujo templo se situava em um prédio que possuía uma péssima fama no bairro. Esta comunidade havia passado por várias divisões e escândalos. A resposta foi fortalecer o trabalho nos lares e em seguida levar seus participantes para os cultos coletivos. Por fim, os frutos devem gerar outros frutos. As Igrejas plantadas devem gerar filhos através de um crescimento maduro e constante. Isso não significa uma busca por um crescimento a qualquer preço, mas um desenvolvimento natural que é fruto de vidas tratadas por Deus, e que por isso se tornam sadias. Precisamos observar também o contexto sociocultural do local de plantio da Igreja. Nesse caso é preciso entender da hierarquia social, hierarquia sócio–espiritual, expressão ritualística e cerimonial, cosmologia, cosmovisões, costumes, linguagem e comunicabilidade. Este último ponto desafia grandemente os missionários e requer deles um grande esforço para o conhecimento e aprendizado dos idiomas locais, se for o caso. Em meu ponto de vista e experiência, se o missionário que se dirige ao campo não estabelecer tais bases, por mais amor à obra que tenha, pode sofrer extremamente. Também podemos afirmar que nem tudo que é cultural é puro. Alguns defendem que a cultura não deve ser confrontada; todavia, o homem é pecador e a cultura é produzida pelo homem. No desejo de buscar uma redenção momentânea, muitos se utilizam de rituais satânicos, adoração a ídolos, amuletos, magia e penitências. Entretanto, a redenção vem de Cristo, e entregar essa mensagem a qualquer povo se chama Missões. A palavra de Deus como essência no processo da missão e plantio de Igrejas. Precisamos pensar que a palavra de Deus é fundamental em todo processo de plantio de Igreja. Este assunto se torna importantíssimo atualmente, visto que, vivemos em um tempo em que os resultados independem dos métodos, há cobranças por crescimento relâmpago e modelos empresariais têm se tornado a base para o trabalho em muitas denominações. Desta forma, alguns líderes têm utilizado meios de crescimento que não se fundamentam em nada na vontade de Deus revelada, na sua Palavra. Portanto, onde devemos aprender sobre o plantio de Igrejas? Alguém poderia responder: — “na Bíblia, é claro”. Todavia, será que é isso o que tem ocorrido em nosso tempo? O Dr. Augusto Nicodemus afirma que “é perfeitamente possível fazer uma Igreja local crescer sem que isso tenha algo a ver com a doutrina bíblica correta” (LIDÓRIO, Ronaldo. Teologia Bíblica e Plantio de Igrejas, p. 1 – 3). Iniciarei mencionando o texto de 1 Coríntios 3:6 quando o Apóstolo Paulo declara: — “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento”. Visto que, homens são responsáveis pelo plantio das Igrejas, vemos que é necessário regar e aguardar o crescimento que vem de Deus. Paulo repete essa expressão ainda em 1 Coríntios 3:9; 9:7, 10 e 11. Portanto, o plantio de Igrejas é a base para a expansão do Evangelho, conforme nos mandou o Senhor Jesus. Ronaldo Lidório faz a seguinte afirmação em um de seus textos sobre o assunto: — “Creio que não há forma mais duradoura de se estabelecer o Evangelho em um bairro, cidade, clã ou tribo do que plantando uma Igreja local, bíblica, viva, contextualizada e missionária” (LOPES, Augusto Nicodemus. Paulo, Plantador de Igrejas – Repensando Fundamentos Bíblicos da Obra Missionária, p. 3).
Os Desafios Contemporâneos – Somos a Luz do Mundo, p. 81 – 83.
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
MUDANÇA DE CAMINHO
ALGUNS SEMINÁRIOS TEOLÓGICOS
INÍCIO DO TRABALHO MISSIONÁRIO
PREJUÍZOS EMOCIONAIS
OLHANDO A HISTÓRIA
VOCAÇÃO E CHAMADO
O CUIDADO INTEGRAL DO MISSIONÁRIO
A MISSÃO NO PODER DO ESPÍRITO SANTO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
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