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3 – O Evangelicalismo.

Os evangélicos também são culpados de restringir a aplicação da autoridade da Bíblia. Quanto o assunto é culto, os evangélicos não crêem que a Escritura é suficiente. Eles diriam que nada que seja pecaminoso deve fazer parte do culto. Entretanto crêem que os homens têm autoridade para dar qualquer forma e conteúdo que acharem ser útil ao culto. Infelizmente o entendimento de culto dos episcopais e luteranos tem sido adotado pela grande maioria dos cristãos professos. Essa visão pragmática do culto tem, previsivelmente, conduzido ao caos litúrgico nas Igrejas evangélicas. Sempre que as Igrejas abandonam o Sola Scriptura na esfera do culto e abraçam o pragmatismo, o resultado é um ato de culto que se torna crescentemente antropocêntrico e pagão.

Tal fato tem se tornado cada vez mais evidente nos últimos trinta anos, na medida em que as Igrejas têm adotado o paradigma de culto dos especialistas em crescimento de Igrejas. Estes especialistas que buscam sua sabedoria em técnicas de comércio, na psicologia, na sociologia e não na Bíblia, afirmam que a melhor maneira para se alcançar o crescimento da Igreja é torná-la mais amigável à clientela incrédula. Esta tática envolve uma diminuição da ênfase na Palavra pregada e nos sacramentos em favor de um ato de culto que divirta e proporcione entretenimento. A ênfase dos mais modernos atos de culto evangélicos está no entretenimento. Tais cultos não alimentam o intelecto, antes, pelo contrário, estimulam as emoções. Os cultos modernos têm pouco em comum com o culto apostólico, e muito em comum com Las Vegas, Hollywood e Broadway. Em muitas Igrejas as pessoas até aplaudem depois da apresentação, como se estivessem num teatro ou concerto.

O resultado é que o culto evangélico moderno não glorifica Deus, mas o homem. É basicamente um show do homem, voltado para o homem, com canções agradáveis ao homem e montes de entretenimento: — pastores comediantes, solistas musicais, grupos de rock, bandas gospel, célebres oradores convidados, peças, esquetes, vídeos, cantores, corais, dança litúrgica e assim por diante. O culto pragmático, centrado no homem, tem influenciado até a arquitetura das Igrejas. A característica principal de uma casa de reunião puritana era o púlpito sobre o qual descansava uma grande Bíblia. O aspecto principal de uma mega–Igreja moderna é o palco. As pessoas que elaboraram o culto episcopal e luterano, com todos aos seus desvios humanos, tentaram, pelo menos, ser reverentes e majestosas. Geralmente o culto evangélico moderno não é, nada disso; é grosseiro, não–nutritivo e insosso.

Quando nos aproximamos de um Deus três vezes Santo, que é infinito em perfeição, não deveria ser a nossa única preocupação aprender o que Ele tem ordenado e concentrar nossa atenção naquilo que o agrada e não naquilo que nos agrada e nos faz sentir bem? Quando aderimos consistentemente ao Sola Scriptura e, por causa disso, dependemos apenas da suficiente e infalível Palavra de Deus para determinar o que é culto aceitável, eliminamos a possibilidade de se introduzir na Igreja o culto papal, pagão, imposto por alguma liderança eclesiástica, ou o pragmático culto a si mesmo. A adoração é possivelmente a mais importante atividade em que a Igreja se envolve. Portanto, quando buscamos direção quanto ao culto, não deveríamos colocar a nossa confiança em Deus e em sua infalível Palavra, em vez de buscarmos as opiniões do homem pecador? Relacionamo-nos com um Deus que é muito zeloso; ou Ele é adorado como Ele quer ser, ou não é adorado de modo algum. Nem podemos nos queixar. Se Deus for um Ser tal como nos ensina a Escritura Sagrada, é seu direito inalienável determinar e prescrever como será servido. É arrogante e tola a idéia de que homens pecadores possam, com seus acréscimos, melhorar e tornar mais suficiente o culto que Deus autorizou em sua Palavra. Young escreve: — “O entendimento iluminado contenta-se em aprender os preceitos de Deus e [tem] renovada a sua vontade de andar neles, entretanto, o coração regenerado não pode, como tal, querer fazer o mais leve acréscimo aos mandamentos de Deus. Sempre que crentes verdadeiros agiram inconsistentemente quanto a isso, eles invariavelmente permitiram a introdução de grande corrupção no santuário de Deus”.

Paz e graça.
Pr. Me. Plínio Sousa.

[1] – Sola Scriptura e o Princípio Regulador do Culto, 1ª Edição — Março de 2001, Traduzido do original em inglês: Sola Scriptura and the Regulative Principle of Worship de Brian M. Schwertley, Editora Os Puritanos, p. 24 – 42.

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