Livro II — Capítulo 9. “Não é dificultoso desprezar as consolações humanas, quando gozamos das divinas”. Grande coisa, porém, e mui meritória, é poder estar sem consolação, tanto divina como humana, sofrendo de boa mente o desamparo do coração, “sem em nada buscar-se a si mesmo, nem atender ao seu próprio merecimento”. Que maravilha será estares alegre e devoto, quando te assiste a graça! De todos é almejada esta hora. E mui suave andar, levado pela graça de Deus. “E que maravilha não sentir a carga aquele que é sustentado pelo Onipotente e acompanhado do guia supremo!”. “Gostamos de ter qualquer consolação, e é penoso ao homem despojar-se de si mesmo”. O glorioso mártir São Lourenço venceu o mundo em união com seu pai espiritual, porque desprezou todos os atrativos do século e sofreu...

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