Não é um curso. É um ambiente, onde nutrimos um relacionamento baseado nos ensinamentos bíblicos e a humildade necessária para quem deseja aprender.
Um olhar sobre a Cela
A Cela é um ambiente dedicado à vida devota, focado no crescimento espiritual e na busca interior. Na Cela, recuperaremos o que frequentemente perdemos fora dela: — as virtudes e, acima de tudo, a autoridade de Jesus Cristo. Se a Cela for frequentada com diligência — e faremos todo o possível para introduzir as almas que amam a Deus neste tipo de vida mais elevado — ela proporcionará doçura à alma. No entanto, se for negligenciada, poderá gerar desânimo, levando os participantes a desistirem.
A Cela é uma introdução geral aos estudos superiores.
A Cela não é um ambiente onde os vaidosos sentirão prazer ou onde homens obstinados permanecerão, mas sim um lugar apenas para aqueles que amam puramente a Deus e as coisas salutares. É o ambiente onde aprenderemos a estar somente com Jesus Cristo, pois sabemos que tal paz não será encontrada em outro alguém. Muitos não vivem esta vida devota e acabam perdendo muito tempo com banalidades, coisas inúteis e temerárias.
Este espaço é um refúgio de silêncio e recolhimento espiritual, onde a presença de Deus é buscada com fervor e reverência. É um ambiente de meditação, contemplação, oração e silêncio, onde a alma sedenta encontrará refrigério e fortalecimento por meio dos ensinamentos das Escrituras Sagradas. Aqueles que adentrarem esse lugar serão convidados a deixar para trás as preocupações e distrações do mundo, e a se concentrarem inteiramente no conhecimento de si mesmos e de Deus.
“Ora, se não tivesses saído e escutado os rumores do mundo, melhor terias conservado a santa paz; enquanto te deleitas em ouvir novidades, terás que sofrer desassossego do coração” (Kempis).
É razoável sentir vergonha ao considerar a vida de Jesus Cristo, pois até agora temos feito tão pouco esforço para nos conformarmos a ela, apesar de estarmos há tanto tempo no caminho de Deus. Aquele que busca se gabar ou encontrar satisfação em algo terreno e particular fora de Jesus Cristo nunca poderá experimentar a verdadeira alegria em Cristo e nas coisas celestiais. Seu coração nunca se abrirá verdadeiramente para amar profundamente a Jesus Cristo, mas sempre estará perturbado e angustiado de várias maneiras.
Que prejuízo é descuidar dos deveres da piedade e devoção, e se aplicar ao que Deus não exige!
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Plano Anual
A TRAVESSIA INTELECTUAL PARA O DESCONHECIDO
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Práticas Inúteis
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Práticas Temerárias
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Práticas Virtuosas
Ora, deveríamos ficar alarmados se tivéssemos a certeza de que não viveríamos mais um mês. No entanto, ficamos indiferentes, mesmo sem termos a certeza de que viveremos mais alguns instantes.
Fleres, si scires tua têmpora mensem. Rides, cum non sit forsitan una dies.
O desperdício do tempo com coisas inúteis ou temerárias é um gravíssimo pecado diante de Deus, porque nos destrói a vida sem percebermos. Assim como há uma obrigatoriedade em preservar a vida, também há uma obrigatoriedade em viver a vida somente para a glória de Deus. Ao nos aproximarmos do fim da vida, seja por diagnóstico médico ou por percepção própria, surge a inevitável reflexão sobre o peso da nossa consciência.
Os erros cometidos, os desejos não controlados e as oportunidades perdidas podem assombrar a mente, revelando a culpa. O tempo, que antes parecia infinito, agora se encolhe como um bem precioso, e o medo angustiante de não ter tempo suficiente para corrigir nossos erros se instala assustadoramente. Ao contrastarmos a brevidade da vida com a iminente eternidade, compreendemos a natureza fugaz de nossa passagem pela Terra, semelhante a um breve sonho. Quando confrontados com a morte, lutamos contra a dor de abandonar as coisas que amamos excessivamente, como a reputação, os prazeres passageiros e as posses materiais. No entanto, é precisamente esse apego que devemos transcender.
O corpo se fragiliza, os olhos perdem o brilho, e a alma se prepara para enfrentar o desconhecido. Demônios, como leões famintos, atormentam, e a morte aguarda para capturar a alma, levando–a para um lugar sombrio e de muita dor. Neste momento fulcral, a alma anseia por retornar ao corpo, mas as funções vitais se desligam, e a separação se torna definitiva. Esta é a realidade de quem amou o mundo mais do que a Deus e as posses mais do que as pessoas.
Mente eterna, corpo mortal, a consciência no entardecer da existência.
Cada vício cultivado durante a vida se torna um espírito acusador na consciência, aumentando o tormento da alma.
Orgulho, luxúria, e outros vícios se transformam em entidades que perseguem a alma, cobrando por seus erros. Diante dessa realidade, cabe a cada um de nós questionar nossas prioridades e buscar, desde agora, viver uma vida que traga paz à nossa consciência. Devemos nos arrepender dos erros, cultivar virtudes e valores nobres, e aproveitar cada momento para construir uma jornada significativa de piedade.
Ao reconhecermos a brevidade da vida e a importância da eternidade, podemos escolher um caminho que nos leve à verdadeira felicidade, tanto nesta vida quanto na próxima. Lembremo–nos das palavras do salmista: — “O homem é como um sopro; seus dias são como uma sombra passageira” (Salmos 144:4). Em comparação com a eternidade, nossa existência terrena é apenas um sopro. Que nossas ações reflitam essa verdade, e que busquemos viver de forma a garantir um destino eterno de paz e alegria.
Memento homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris.
“Lembra–te, homem, que és pó e em pó te tornarás” (Gênesis 3:19). Estas foram as palavras de Deus dirigidas a Adão após o Pecado Original, resultante de sua transgressão à Lei. O trabalho do intelectual cristão está profundamente ligado à reflexão sobre a morte, assim como a verdadeira vida está intimamente ligada à autoridade de Jesus Cristo. Essa conexão serve como um lembrete constante de suas responsabilidades diante de Deus e do próximo, e da necessidade de reconhecer seus pecados. Precisamos nos esforçar arduamente para que a Teologia nutra nossa alma com virtudes, permitindo que ela amadureça como um bom vinho.
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Orgulho/Luxúria
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Outros Vícios
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Virtudes
Plínio Sousa.
Pastor.
Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica de Ciências Humanas e Sociais Logos (FAETEL), diploma registrado pela Universidade de São Paulo (USP), Bacharel e Mestre em Teologia pela Faculdade e Seminário Teológico Nacional, obteve o Master of Theology pela Vox Dei American University (EUA). Pós–graduado em Teologia pela Faculdade Dominius (FAD), Pós–graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Alvorada Paulista (FALP) e Pós–graduado em Gestão de Organizações Educacionais pela Faculdade IMES. Atualmente, Pós–graduando em Filosofia pela Faculdade Prisma e Pós–graduando em Teologia Sistemática pelo Seminário Presbiteriano do Norte (SPN), além de estar em processo de Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade IMES. Mestrando e Doutorando em Teologia pelo Seminário Teológico Evangélico Bíblico (SETEB) e participante do Doctoral Program of Theology do Northwestern Reformed Theological Seminary (NRTS).
DA MEDITAÇÃO DA MORTE
Livro I — Capítulo 23. “Mui depressa chegará teu fim neste mundo; vê, pois, como te preparas: — hoje está vivo o homem, e amanhã já não existe”. Entretanto, logo que se perdeu de vista, também se perderá da memória. “Ó cegueira e dureza do coração humano, que só cuida do presente, sem olhar para o futuro!”. De tal modo te deves haver em todas as tuas obras e pensamentos, como se fosse já a hora da morte. Se tivesses boa consciência não temerias muito a morte. Melhor fora evitar o pecado que fugir da morte. Se não estás preparado hoje, como o estarás amanhã? O dia de amanhã é incerto, e quem sabe se te será concedido? Que nos aproveita vivermos muito tempo, quando tão pouco nos emendamos? Oh! nem sempre traz emenda a longa vida, senão que aumenta, muitas vezes, a culpa. Oxalá tivéssemos,...